Armando Manzanero

Armando Manzanero nasceu na cidade de Mérida, Yucatán, região do sudeste mexicano, em 7 de dezembro de 1935.

Iniciou seus estudos de música aos 8 anos de idade, na Escola de Belas Artes de Mérida, completando sua formação musical na Cidade do México com Rafael de Paz e José Sabre Marroquín.

Começou sua profissão como pianista em 1951.

Em 1957 muda-se definitivamente para a Cidade do México como promotor musical da EMI e como diretor musical da CBS Internacional, onde produz discos para diversos artistas como La Sonora Santanera e Sonia López.

Converte-se em um pianista de grandes artistas como Pedro Vargas, Lucho Gatica, Carmela e Rafael, Luis, Demetrio e Daniel Riolobos, entre outros.

Sua primeira canção “Nunca en el Mundo” data de 1950, com a qual se realizaram 21 versões em vários países.

Em 1957, Boby Capo grava “Llorando Estoy”, e ao mesmo tempo, Lucho Gatica faz o mesmo com uma de suas mais conhecidas canções, “Voy a apagar la luz”. Com estas melodias começa a ser reconhecido como compositor internacional.

Em 1959, com o apoio de Rafael de Paz, grava seu primeiro disco com melodias de sua autoria.

No início da década de 60 conhece a cantora Angélica María, com quem produz vários discos e músicas para o cinema.

Em 1969 Carlos Lico coloca sua balada “No” em primeiro lugar nas listas de popularidade em toda a América Latina. É também nesse ano que produz um disco em dueto com José Alfredo Jiménez.

Desde o início, como pianista, Armando Manzanero acumulou prestígio como autor e cantor, apresentando-se em diversos lugares da América, Europa e Ásia, assim como importantes centros noturnos, hotéis e teatros entre os quais se destacaram: “Lincoln Center” de Nova York, “Memorial” em São Paulo, Brasil,
“Canecão”, Rio de Janeiro, Brasil, “Teatro Colón”, Argentina, “Madison Square Garden” em Nova York,
“Sport Arena” na Califórnia, “Teatro Colsubsidio” em Bogotá, Colômbia, “Teatro Teresa Carreño” em Caracas, Venezuela, “Teatro Metropolitan”, no “Auditorio Nacional” e a “Sala Netzahualcóyo’tl” no México.

Manzanero escreveu mais de 400 canções, das quais mais de de 50 obtiveram fama internacional, como” Esta tarde vi llover” Adoro”, No,” Contigo aprendí,” “Cuando estoy contigo,” Señor amor”, “Como yo te amé”, “No se tú,” Parece que fue ayer”,” Te extraño”, Voy a apagar la luz”, El ciego”, Felicidad”, Yo te recuerdo, entre outras.
Participou de numerosos programas de rádio e televisão, gravou mais de 30 discos e musicou vários filmes.

Em sua carreira realizou produções para diversos artistas como Amaya, Diango, María Conchita Alonzo, Manuella Torres, destacando-se o disco “Romance” e a co-produção do “Romance II” de Luis Miguel.

Compositor de mais de 400 cancões das quais 50 obtiveram fama internacional.

Em 2014 em 27 de janeiro, foi o primeiro mexicano a receber o Grammy de honra por sua trajetória.

Este grande compositor morreu na madrugada de 28 de Dezembro de 2020,aos 85 anos,por complicações com a COVID-19 e vitima de parada cardíaca.

Que grande perda !

LOS ANGELES, CA – JANUARY 25: Lifetime Achievement recipient Armando Manzanero attends the GRAMMY Foundation’s Special Merit Awards ceremony at The Wilshire Ebell Theatre on January 25, 2014 in Los Angeles, California. (Photo by Jennifer Lourie/FilmMagic)

Foto Getty imagens

Anthony Bourdain

25 de junho de 1956/ 08 de junho de 2018

Anthony Bourdain nasceu no Columbia Presbyterian Hospital, em Nova York porem cresceu em Nova Jersey, ascendência francesa pelo lado paterno, seu avô teria emigrado para Nova york depois da Primeira Guerra.  Bourdain frequentou o Vassar Colege e se formou pelo Culinary Institute of America em 1978. Ultimamente ocupava o cargo honorário de Chef-at-Large da Brasserie Les Halles, onde deteve o título de chef executivo  por quase uma década. Quando não estava viajando, residia em Manhattan

Bourdain casou-se com sua namorada de escola, Nancy Putkoski, no início dos anos 80 e permaneceram juntos por duas décadas antes de se divorciar; Bourdain citava as mudanças irrevogáveis que vieram de suas longas viagens como a causa da separação. Casou-se em 2007 com sua segunda esposa, Ottavia Busia, com quem teve uma filha. Separaram-se em 2016.

O suicídio de Bourdain, aos 61 anos, chocou o universo da boa comida. Ele era uma referência: trabalhou quase 30 anos em grandes cozinhas, escreveu livros importantes sobre gastronomia e ficção, se reinventou como apresentador de atrações sobre o prazer de comer, seja em um salão suntuoso ou mesmo em uma barraca de rua. Assisti-lo na TV sempre foi uma experiência muito agradável.

Com o ‘Lugares Desconhecidos’, na CNN Anthony viajou o planeta em busca de aventuras gastronômicas ao longo de seis anos. Carismático, atiçava o paladar do telespectador com sua curiosidade por novos ingredientes , sabores e lugares realmente não muito vistos na Televisão. Era um chef desglamourizado e apresentador sem igual. Sorria bastante diante das câmeras, parecia ser um homem feliz.

Mas nem sempre há felicidade atrás de um sorriso. Bourdain estava deprimido. Em sua última noite, durante o jantar com o amigo Ripert, ele demonstrou tristeza por problemas no relacionamento com a atriz italiana Asia Argento. Em seu livro de memórias, ‘Medium Raw’, lançado em 2010, comentara a respeito de recorrentes pensamentos suicidas por conta de frustrações amorosas anteriores.

Financeiramente estava em uma situação dificil, havia perdido grande parte de sua fortuna.

Em 8 de junho de 2018 Bourdain foi encontrado morto no banheiro do quarto de um hotel onde estava hospedado em um pequeno vilarejo na região francesa da Alsácia. Ele estava na região gravando a série da CNN . Para a gravação do programa,”Lugares deconhecidos ” estava também o seu amigo Eric Ripert, chef de um restaurante em Nova York. Bourdain não havia jantado na noite anterior à sua morte e como ele não chegou para o café da manhã com Ripert no dia seguinte, um recepcionista entrou no quarto e encontrou o corpo enforcado no banheiro A autópsia realizada pela perícia francesa concluiu que a causa do suicídio foi realmente enforcamento, não tendo sido encontrados vestígios de uso de substâncias tóxicas, exceto traços de um medicamento não narcótico, usado em dose terapêutica.

Pouco antes de morrer, o chef-apresentador procurou ajuda médica a fim de melhorar a saúde mental. A necropsia revelou substância compatível com remédio antidepressivo em seu corpo. Não havia sinais de drogas. “Foi uma morte por ato impulsivo”, concluiu a polícia francesa. “Não existe ninguém com mais vontade de morrer do que eu”, teria dito Bourdain, de acordo com uma amiga, a atriz Rose McGowan. O corpo foi cremado na França e seus restos mortais enviados para seu único irmão, Christopher

imagens: Mike Pont / Getty imagens

Ana Maria Ramos Montanari

Ricardo Boechat

Ricardo Eugênio Boechat nasceu em Buenos Aires, Argentina, no dia 13 de julho de 1952. Filho do diplomata brasileiro Dalton Boechat, e da argentina Mercedes Carrascal, nasceu na época em que o pai estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores. Ainda criança, veio com a família morar no Brasil.

Carreira de Jornalista

Ricardo Boechat iniciou a carreira de jornalista nos anos 70, no Diário de Notícias, como assistente do colunista Ibrahim Sued. Em 1983, foi para o jornal O Globo, onde permaneceu por 14 anos. Em 1987, teve uma breve passagem pela Secretaria de Comunicação do Governo Moreira Franco, no Rio de Janeiro. Em 1991, voltou para O Globo onde ganhou sua própria coluna. Em 1997, passou a ser comentarista do Telejornal Bom Dia Brasil, na Rede Globo.

Grupo Bandeirantes

Em 2006, Ricardo Boechat entrou para o Grupo Bandeirantes. Pela manhã, apresentava um programa com seu nome, dividido em duas partes, uma nacional e outra dirigida ao Rio de Janeiro. À noite, apresentava o Jornal da Band na ausência de Carlos Nascimento. Depois, passou a ser âncora do Jornal da Band, função que ocupou até sua morte.

Durante as manhãs, Boechat apresentava seu programa na BandNews FM, ao lado de Eduardo Barão e Carla Bigato, era líder de audiência. Juntos com José Simão apresentavam o quadro Buemba! Buemba!, com José Simão, um quadro com um humorismo sarcástico e inteligente.

Livro

Em 2008, Ricardo Boechat escreveu o livro “Copacabana Palace: Um Hotel e Sua História”, que conta a história dos bastidores do hotel cinco estrelas mais famoso do país. O livro foi organizado por Cláudia Fialho, que durante 17 anos ocupou o cargo de relações públicas do hotel. O livro conta

Prêmios

Prêmio Esso, nos anos de 1989, 1992 e 2001.
Prêmio Comunique-se, em 2006, 2007, 2008, 2010, 2012, 2014, 2014 e 2017.
Foi escolhido como o jornalista mais admirado do país, junto com a jornalista Miriam Leitão, na pesquisa do site Jornalistas & Cia, em 2014 e 2015.
Recebeu o Troféu Imprensa de 2016, como o Melhor Apresentados de Telejornais.

Família

Ricardo Boechat foi casado com a jornalista Claudia Costa de Andrade, com quem teve quatro filhos. Em 2005, casou com a capixaba Veruska Siebel Boechat, com quem teve duas filhas.

Morte

No dia 11 de fevereiro de 2019, Ricardo Boechat apresentou seu programa na Band News FM, depois seguiu de helicóptero para a cidade de Campinas onde realizou uma palestra em uma indústria farmacêutica. Ao terminar, embarcou no helicóptero que o levaria de volta para São Paulo, e ao sobrevoar a Rodovia Anhanguera, próximo do Rodoanel, a aeronave perdeu altura atingiu um caminhão e ao cair no chão pegou fogo, matando o piloto e o jornalista Ricardo Boechat. Seu corpo foi velado no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, sob forte comoção popular. Foi cremado no cemitério Horto da Paz, na grande São Paulo, no dia 12 de fevereiro de 2019.

Carmen Miranda

Carmen Miranda (1909-1955) foi uma cantora, atriz e dançarina luso-brasileira. Ficou conhecida como a Pequena Notável.

Infância e Adolescência

Maria do Carmo Miranda da Cunha, conhecida como Carmen Miranda, nasceu em Marco de Canaveses, no Distrito de Porto, Portugal, no dia 9 de fevereiro de 1909. Filha do barbeiro José Maria Pinto Cunha e de Maria Emília Miranda, em 1910, com apenas um ano de idade, junto com sua mãe e sua irmã Olinda, veio para o Brasil, onde seu pai já morava.

Carmen foi criada no Rio de Janeiro, o bairro da Lapa. Estudou em colégio de freiras e aos 15 anos largou os estudos e começou a trabalhar na La Femme Chic, uma confecção de chapéus, localizada no centro do Rio de Janeiro, onde estudou moda e aprendeu a costurar, pegando o gosto pelos turbantes, que viraram sua marca registrada.

Primeiro Sucesso

Sonhando em ser atriz e cantora, nas horas vagas, cantava e dançava para animar pequenas festas. Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros que logo a levou para se apresentar em teatros e clubes. Estreou como cantora na Rádio Sociedade. Gravou seu primeiro disco com as músicas “Triste Jandaia” e “Iaiá, Ioiô”. Seu grande sucesso veio com a marcha-canção “Pra Você Gostar de Mim” (1930), que ficou conhecida por “Tai”, escrita especialmente para ela por Joubert de Carvalho, que foi recorde de vendas.

No dia 30 de outubro do mesmo ano, Carmen Miranda já estava fazendo sua primeira turnê internacional em Buenos Aires, na Argentina. Em 1933, foi a primeira mulher a assinar um contrato com uma rádio. Entre 1933 e 1938, retornou à Argentina mais oito vezes. Carmen lançou outros discos e se transformou na principal estrela do Cassino da Urca no Rio de Janeiro. As apresentações no cassino funcionavam como passaporte para o ingresso no mundo do cinema.

Fantasia de Baiana

Em 1936, Carmen Miranda estreou no cinema na comédia musical “Alô, Alô Carnaval”, quando cantou acompanhada da irmã Aurora Miranda. Gravou grandes sucessos como “No Tabuleiro da Baiana” (1936), de Ari Barroso, “Camisa Listrada” (1937), de Assis Valente, “Boneca de Pixe” (1938) e “Na Baixa do Sapateiro” (1938), de Ari Barroso.  Em 1939, Carmen Miranda brilhou na comédia-musical “Banana da Terra”, quando apareceu caracterizada de Baiana, personagem que ela incorporou até o fim de sua vida. No musical, cantou a música “O Que é Que a Baiana Tem”, de Dorival Caymmi, que virou um clássico na voz da cantora.

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Caracterizada de Baiana

Ainda em 1939, em uma temporada no Cassino da Urca, Carmen foi contratada pelo magnata do show business, Lee Shubert, para ser uma de suas atrações no show “The Streets os Paris”, que estrearia na Broadway. O sucesso das apresentações projetou Carmen nos Estados Unidos. No ano seguinte, a cantora apresentou-se na Casa Branca em uma festa para o presidente Roosevelt, pelo seu sétimo ano na presidência dos Estados Unidos.

A pequena Notável, com seus 1,52 m de altura, se tornou uma espécie de símbolo da América Latina, com seus turbantes, brincos de argolas, babados, saltos plataformas e balangandãs. Em 1940 estreia nos Estados Unidos com o filme “Serenata Tropical”. No dia 24 de março de 1941, foi a primeira sul-americana a receber uma estrela na Calçada da fama em Hollywood.

Carmen Miranda fez um total de 14 filmes nos Estados Unidos e seis filmes no Brasil, entre eles: “Alô, Alô Carnaval” (1936) “Uma Noite no Rio” (1941), “Aconteceu em Havana” (1941), “Minha Secretária Brasileira” (1942) e “Serenata Boêmia” (1947)

Casamento

Em 1947, Carmen Miranda casou-se com o americano David Sebastian, que passou de seu empregado a empresário. Sendo alcoólatra, ele levou Carmen a beber também e não conseguiu administrar seus contratos. O casamento entrou em crise e Carmen caiu em depressão, se tornando dependente de remédios.

Morte

Depois de 15 anos nos Estados Unidos, consagrada internacionalmente, viaja de volta ao Brasil, em 1954, para rever a família. Sofrendo, ficou internada durante 4 meses para desintoxicação. Depois, já recuperada, volta para Hollywood e apresenta-se no programa do comediante Jimmy Durante. Enquanto cantava e dançava, desmaiou e foi amparada. Recuperada, terminou sua apresentação. De volta para casa em Los Angeles, foi para seu quarto e na manhã do dia seguinte foi encontrada morta vitimada por um ataque cardíaco.

Carmen Miranda faleceu em Beverly Hills, Califórnia, Estados Unidos, no dia 5 de agosto de 1955.

Stephen Hawking

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Stephen William Hawking nasceu saudável em Oxford, na Inglaterra, em 9 de janeiro de 1942 O pai era médico, a mãe formada em filosofia, e o pequeno Stephen era o caçula de quatro irmãos numa casa cheia de livros empilhados – e ideias apimentadas.  Quando Hawking tinha oito anos, a família se mudou para a periferia de Londres. Não deu muito certo. Eles eram considerados esquisitos pelos vizinhos, e na escola o menino logo ganhou o apelido de “Einstein”. Deve ter sido pela aparência, porque bom aluno Hawking não era: fazia os trabalhos sem capricho e sua caligrafia era um terror. Odiava matemática, que achava fácil demais. Gostava de física e astronomia – porque ajudavam a entender questões existenciais, como de onde viemos e por que estamos aqui. “Eu queria sondar as profundezas do Universo”, escreveu em seu livro.

Hawking era precoce. Com 17 anos, ganhou uma bolsa para estudar física na Universidade de Oxford. Os colegas eram dois anos mais velhos, e ele se sentiu sozinho e deslocado. Mas, no terceiro ano de faculdade, se inscreveu no clube de remo para tentar fazer amigos. Os barcos navegavam um atrás do outro, e cada timoneiro segurava uma linha para manter a distância correta em relação ao barco da frente. Hawking deu mancada logo na estreia. Deixou a linha escapar, ela se enroscou no leme, o barco saiu de curso – e sua equipe foi desclassificada. Apesar disso, ele conseguiu fazer alguns amigos, e passou a frequentar o que chama de “seu passatempo favorito”: as festas estudantis. Estudava bem pouco, uma hora por dia, mas mesmo assim foi aceito no mestrado da Universidade de Cambridge.

Antes de começar, ele teria alguns meses de férias. Resolveu se candidatar a uma bolsa de viagem (com as despesas pagas pela universidade). Para aumentar as chances de ganhar, escolheu um destino distante e impopular entre os alunos: Irã. Deu certo, e Hawking foi passar as férias lá. Péssima escolha. Ele pegou o gigantesco terremoto Bou’in-Zahra, que arrasou o país e deixou mais de 12 mil mortos. Hawking estava bem perto do epicentro, mas diz que não percebeu nada – pois estava viajando dentro de um ônibus que balançava muito. Em determinado momento, o motorista freou forte e ele foi jogado contra o banco da frente, quebrando uma costela. Como não falava o idioma local, demorou um tempão até descobrir o que tinha acontecido. Só quando a excursão chegou a Istambul, aproximadamente dez dias depois, Hawking soube que havia encarado um megaterremoto – do qual saíra praticamente ileso. Mas o pior ainda estava por vir.

O acidente de patins

De volta à Inglaterra, o jovem físico percebeu que estava ficando cada vez mais desastrado. Caía, derrubava objetos, parecia não controlar direito o que fazia. Um dia, caiu de patins e não conseguiu levantar. Foi levado a um médico, que o diagnosticou com esclerose lateral amiotrófica uma doença incurável que leva à perda de movimentos  e, segundo o médico, levaria à morte em no máximo três anos. Hawking tinha 21. Ele ficou internado num hospital, onde viu um garoto morrer de leucemia. “Toda vez que fico inclinado a ter pena de mim, me lembro daquele menino”, disse.

Teve alta, foi para casa e, pouco tempo depois, conheceu Jane Wilde, amiga de uma de suas irmãs. Namoraram e casaram (ele se apoiou numa bengala durante a festa). Mas Hawking foi piorando, não conseguiu mais cuidar dos filhos e, em 1970, parou de andar. Para se locomover, começou a usar uma cadeira de rodas e um carrinho elétrico de três rodas. Com seu típico bom-humor, contava que às vezes usava o carrinho para dar carona: “Eu transportava passageiros ilegalmente”.

Nessa época, Hawking já era um físico conhecido, e foi convidado a trabalhar no Instituto de Tecnologia da Califórnia. Aceitou e a família se mudou para os EUA. Ele e Jane já tinham três filhos, mas o casamento não ia bem. Ela começou a ter um caso com Jonathan Jones, músico e tocador de órgão que conheceu numa igreja local, e acabou convidando o amante para morar junto com a família. Hawking diz que ficou contrariado, mas não se opôs. Ele achava que ia morrer logo, e queria alguém que pudesse sustentar os filhos. O ano era 1979.

Nos anos seguintes, sua saúde piorou muito. Passava longos períodos com falta de ar e, em 1985, durante uma viagem à Suíça, pegou uma pneumonia. Ficou tão debilitado que os médicos sugeriram desligar o respirador artificial que o mantinha vivo. Jane não aceitou e levou o marido de volta para Cambridge. Lá, Hawking foi submetido a uma traqueostomia, cirurgia que colocou um tubo de ar em sua garganta, facilitando sua respiração. Isso salvou sua vida, mas ele nunca mais falou. A partir daí, o físico se comunicaria usando um computador – com a voz eletrônica pela qual é conhecido. De lá para cá, surgiram sintetizadores que produzem um tom de voz mais natural. Mas Hawking preferiu continuar soando como robô: “Não vou trocar [de voz]”.

Em 1988, veio o grande momento de sua carreira. O físico publicou Uma Breve História do Tempo, livro que fala sobre a origem do Universo. Apesar do tema complexo, Hawking tentou escrever em linguagem simples, para leigos. Acertou em cheio: o livro se tornou um sucesso gigantesco, vendeu 10 milhões de cópias e foi traduzido em mais de 30 idiomas. E Stephen Hawking virou o cientista mais famoso do mundo.

Em 1995, ele pediu o divórcio de Jane e se mudou para outro apartamento, no qual morava com uma de suas enfermeiras, Elaine Mason. Eles se casaram, e Hawking viveu uma vida aparentemente feliz.

A vida conjugal de Hawking foi marcada por episódios de violência doméstica. Em 2000, ele foi parar no hospital, com cortes e hematomas, mas negou ter sido vítima de maus-tratos (e não quis dizer como tinha se machucado). Em 2003, Lucy, uma das filhas do cientista, disse que ele apanhava da esposa. Em 2007, uma enfermeira fez a mesma acusação, dizendo que Elaine agredia e humilhava Hawking – batendo em seus braços, fazendo-o engolir água durante o banho e deixando-o sob o sol escaldante por horas. O físico não comentou o caso, mas se separou da esposa naquele mesmo ano. Foi morar numa casa em Cambridge, onde esteve até o final, com uma governanta.

A doença pode ter trazido enormes dificuldades, mas não fez Hawking ficar parado. Tirando a Oceania, ele esteve em todos os continentes. Andou de submarino, voou num balão e até num voo da empresa americana Zero Gravity, em que o avião faz uma série de manobras para produzir uma situação de gravidade zero. “Me senti livre da minha doença”, ele relatou.

O físico britânico que popularizou os mistérios da ciência a milhões de leitores e desenvolveu estudos pioneiros sobre o universo, morreu em 14.03.2018 aos 76 anos, em sua residência em Cambridge, na Grã-Bretanha. Hawking nasceu em Oxford, na Inglaterra, em 8 de janeiro de 1942 – exatamente o dia do aniversário de 300 anos da morte de Galileu Galilei (1564-1642), e morre no dia em que nasceu outro brilhante físico Albert Einstein, em 14 de março de 1879.

Fontes : Wikipédia, Super Interessante, Revista Veja.

Foto -(Chris Williamson/Getty Images)

Alfred Nobel

Quem foi Alfred Nobel e como surgiu o Prêmio?

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Curiosidades

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Publicado no Meio Norte

Machado de Assis publicou um dos primeiros simulados em jornais

Para quem não sabe, Clarice Lispector, na verdade chamava-se Haya Pinkhasovna Lispector e nasceu na Ucrânia. Ela se naturalizou brasileira.

Essa e outras curiosidades você vai conhecer agora sobre alguns autores brasileiros. Confira:

1. A primeira edição de Macunaíma, de Mário de Andrade, foi ilustrada por ninguém menos que Pedro Nava (autor de livros como Baú de Ossos).

2. O poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade publicou seu primeiro livro, Alguma Poesia, com tiragem de 500 exemplares, com dinheiro do próprio bolso.

3.A escritora cearense Raquel de Queiroz, autora de O Quinze, foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras.

4. Guimarães Rosa, famoso escritor mineiro, morreu três dias depois da posse na Academia Brasileira de Letras.

5. Exímio jogador de xadrez, Machado de Assis publicou um dos primeiros simulados do jogo em jornais.

6. Mário de Andrade, paulista autor de Macunaíma, era obcecado por cartas. Ele respondia praticamente todas as cartas que recebia. Detalhe: nos seus poucos mais de 50 anos, recebeu em torno de sete mil correspondências. Só de Manuel Bandeira foram 400.

7. Cerca de 100 mil páginas de correspondência do escritor Jorge Amado estão em processo de catalogação pela sua fundação em Salvador, na Bahia. Mas quem pensa em conhecer seus conteúdos, um balde de água fria: a pedido do escritor, elas só serão divulgadas 50 anos após a sua morte.

8. Carlos Drummond imitava com perfeição a assinatura dos outros. Para poupar-se de mais trabalho, falsificava a assinatura do chefe da repartição pública em que trabalhava. Ele também tinha mania de picotar papel e tecido. “ Se não fizer isso, saio matando gente pela rua”, dizia.

9. Guimarães Rosa trabalhou como diplomata na Alemanha durante o período nazista. Juntamente com a esposa, protegeu judeus perseguidos pelo regime. Em virtude disso, ambos foram homenageados em Israel, em 1 985. O nome do casal foi dado a um bosque nas imediações da cidade de Jerusalém.

10. O alagoano Graciliano Ramos foi descoberto como escritor graças à qualidade literária dos relatórios que enviava ao governo do estado de Alagoas na época em que foi prefeito da cidade de Palmeira dos Índios. Seu modo de escrever chamou a atenção de todos. Ramos é autor de livros como Caetés, São Bernardo e Vidas Secas.
Fonte: Mais Curiosidade

Ivo Pitanguy

 

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Quem entrasse de olhos bem abertos na clínica do mais famoso cirurgião brasileiro notaria o desenho singular exibido numa das paredes do casarão de Botafogo. Do encontro do lápis com o papel, surge um cavaleiro meio quixotesco que empunha o nome Pitanguy em vez de espada. Obra do pintor Salvador Dalí, um dos tantos artistas que se tornaram amigos do médico mineiro quando ele, ainda jovem, teve a chance de estudar no Exterior.
O cirurgião plástico Ivo Pitanguy deu os primeiros passos na profissão nos anos 40, graças a bolsas de estudo concedidas por instituições americanas e europeias. “No Brasil, a medicina era apenas curativa. Naquele tempo, não se pensava em tratar a imagem”, dizia ele. Nessa arte, Pitanguy foi o melhor do mundo.
Extremamente habilidoso e criativo, ele desenvolveu técnicas de redução de seios e rejuvenescimento da face que, desde os anos 60, atraíram uma legião de poderosos e celebridades. Entre elas, as divas do cinema Sophia Loren, Gina Lollobrigida.pitanguy 2
Os conhecimentos de Pitanguy não se limitavam à medicina. Era um humanista. A vasta cultura literária o levou a se tornar membro da Academia Brasileira de Letras. Tudo o que aprendeu na profissão, o médico passou adiante. Durante décadas, se dedicou a formar centenas de cirurgiões plásticos em todo o mundo.

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Pitanguy morreu no Rio, aos 90 anos, um dia depois de carregar a tocha olímpica, numa cadeira de rodas. Os fatos parecem ter justificado a reflexão que ele gostava de repetir. “O que precisa ser cobrado é a alegria da eterna juventude – e não a eterna juventude

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A clínica de Botafogo havia sido desativada quando a idade avançada e os problemas de saúde o impediram de prosseguir no comando dos atendimentos. Muitos pacientes se recusavam a ser atendidos pela equipe. Queriam ser tocados pelo olhar e pelo talento incomparável dele.
A trajetória de Pitanguy demonstra que excelência técnica pode ser aprendida se houver dedicação, mas genialidade é acidente de percurso. Por mais que ele tenha se empenhado em fazer sucessores (e se empenhou muito), sua assinatura será para sempre única. Como a de Dalí.

Cristiane Segatto – Revista Época, a quem agradeço.

Ivo Hélcio Jardim de Campos Pitanguy (Belo Horizonte, 5 de julho de 1926Rio de Janeiro, 6 de agosto de 2016) foi um cirurgião plástico, professor e escritor brasileiro, membro da Academia Nacional de Medicina e da Academia Brasileira de Letras. É considerado um dos mais renomados cirurgiões plásticos do mundo. ( Wikipédia )

George Martin

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Há uma longa discussão de quem deveria ser considerado o “quinto Beatle”. Na lista, está o primeiro baterista da banda, Pete Best; o empresário que levou o grupo ao sucesso, Brian Epstein; até Eric Clapton já foi cogitado para o cargo de honra. Mas Paul McCartney deixou claro quem é o verdeiro quinto beatle: George Martin, que morreu aos 90 anos de idade, nesta quarta-feira (9), por causas ainda desconhecidas.

“Estou tão triste ao saber do falecimento do querido George Martin. Tenho tantas memórias lindas desse grande homem que estará comigo para sempre. Ele era um verdadeiro cavalheiro e um segundo pai para mim. Ele guiou a carreira dos Beatles com tanta habilidade e bom humor que se tornou um verdadeiro amigo meu e da minha família. Se qualquer um mereceu o título de quinto Beatle, esse foi George. Do dia que ele deu o primeiro contrato de gravação aos Beatles até a última vez que o vi, ele era a pessoa mais generosa, inteligente e musical que já tive o prazer de conhecer”.

Paul McCartney – em carta sobre George Martin

A história dele com o quarteto começa em 1962, quando Epstein o convenceu a produzir os Beatles, uma banda que estava começando. Martin, que na época já tinha 36 anos, conta que o grupo não era muito bom, mas a energia deles era contagiante.

O produtor conversou com os Beatles por uma hora e perguntou se havia algo nele que os desagradava. “Para começo de conversa, não gostei da sua gravata”, disse Harrison. Todos riram, o gelo quebrou, e a parceria que mudaria a história da música foi firmada.

Graças ao produtor, fecharam contrato com a Parlophone, subsidiária da EMI, gravadora para a qual Martin trabalhava. Logo, ele já fez sua  primeira mudança na banda ao convencê-los a demitir o baterista Pete Best.

Meses depois, entraram em estúdio para gravar a estreia “Please, Please Me”. Desde então, Martin produziu quase todos os discos dos Beatles. A exceção foi “Let It Be”, quando John Lennon o dispensou dizendo que não queria “mais uma porcaria” de Martin. Mesmo assim, ele acabou ajudando um pouco e assinando a produção ao lado de Phil Spector.

Se o quarteto, mesmo em sua fase mais psicodélica, conseguiu atingir altas ambições musicais, muito se deve a Martin, responsável pelos grandes arranjos dos Beatles.

FOTO: FRED PROUSER/REUTERS

GEORGE MARTIN REGENDO A HOLLYWOOD BOWK ORCHESTRA

Foi ele quem tocou trompete em “Penny Lane”, piano em “A Hard Days Night” e “In My Life”, cuidou da orquestra em “Elanor’s Rigby” e todo o pano de fundo em “I am the Walrus”.

É a partir de “Yesterday” (1965) que George Martin vai conduzindo Lennon e McCartney para além do básico do rock and roll. Até então, eles não haviam gravado nada com músicos fora da banda.

Paul McCartney diz que, inicialmente, queria gravar a canção apenas com um violão, sem mais nada. Foi de Martin a ideia do acompanhamento do quarteto de cordas, apesar da relutância do baixista.  “A ideia obviamente funcionou, já que a canção se tornou uma das mais gravadas na história, com versões de Frank Sinatra, Elvis Presley, Ray Charles, Marvin Gaye e tantos outros”, diz o baixista.

Em 1966, quando os Beatles gravavam “Revolver”, ele ensinou o quarteto a gravar novos sons ao colocar os toca-fitas indo de trás para frente – efeito que utilizaram na canção “Tomorrow Never Knows”.

A diferença de idade e cultura entre Martin e o Fab Four, no entanto, deram um porto seguro para a banda quando entraram na fase psicodélica. “As drogas certamente afetaram a música, mas não afetaram a produção porque eu estava produzindo”, disse em entrevista à Rolling Stone.

A sinergia da ousadia de Martin com os Beatles atingiria um novo patamar em “Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band”, conhecido pelas inovadoras técnicas de produção, que incluíam modelagem de som com processamento de sinal e uma orquestra de quarenta pessoas fazendo a parede de som de “A Day In The Life”. Tudo isso com os ainda rústicos equipamentos de 1967.

Na época, o estúdio só tinha gravadores de quatro canais – que não dariam conta da complexidade que eles queriam. Martin e sua equipe desenvolveram uma técnica para acoplar dois gravadores de rolo de quatro canais a uma mesa de mixagem, conseguindo assim uma mesa de oito canais. Revolucionou mais uma vez as técnicas de produção.

Pós-Beatles#

FOTO: RAFAEL PEREZ/REUTERS

GEORGE MARTIN REGENDO A HOLLYWOOD BOWK ORCHESTRA

 

Na década de 1970 havia muita pressão para que os Beatles voltassem. Martin sempre foi contra. Quando a banda acabou, a fama de Martin fez com que ele trabalhasse com diversas bandas, como Jeff Beck, America, UFO, Cheap Trick e até Celine Dion e Kenny Rogers. Vencedor de seis grammys, foi condecorado pela Rainha em 1996.

Martin deixou uma de suas últimas grandes marcas em 1997. Na época, quando a Princesa Diana morreu, Elton John compôs, junto com o produtor, uma nova versão da clássica “Candle In The Wind”. A canção foi tocada em seu funeral e a nova versão ficou conhecida como “Goodbye England’s Rose”. O single tornou-se um sucesso de vendas. E Martin se aposentou no ano seguinte, aos 72 anos.

Fonte : Nexo Jornal

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